Anda uma revista há (daqui a nada) cinco anos a dizer coisas boas da cidade para chegar cá um americano armado ao pingarelho mostrar-nos que, afinal, o que está a dar é o chinquilho e o polvo da Trafaria (não desfazendo). Está bem.
Absolutamente ridículo. Sou insuspeito, porque sou fã do homem (e já devo ter visto todos os No Reservations emitidos), mas o programa sobre Lisboa é completamente imbecil. 10 minutos de programa a jogar ao chinquilho (que é tão típico de Lisboa como os pauliteiros de Miranda) com o Stanisic, 10 minutos de programa a pescar polvo na Cruz de Pau ou lá onde era e a comer num quintal enfiado que tem tanto de pitoresco como Chelas (salva-se a camisola do Glorioso), 10 minutos numa peça de teatro deprimente e ultrapassada do início dos anos 80 com o Lobo Antunes (semi-acordado) e 5 minutos de programa num jantar com o Zé Diogo Quintela com um ataque de acne que faria um crocodilo parecer um exemplo de pele bem tratada. O resto são cenas do Tony a andar de eléctrico para cima e para baixo. Salva-se a cena no Ramiro (que prometia), com o Henrique Sá Pessoa a encher o bandulho (respect, apesar do ar de quem gosta de cores como fúcsia e isso) e a cena na Ginginha, que um bêbado tem sempre piada. Muito, muito fraco e cheio de tiros ao lado. Que oportunidade perdida.
O TOL Canal transmite 24 horas por dia com vista privilegiada para a redacção da Time Out Lisboa. Tudo o que se passar deste lado passará por aqui. Prepare-se.