Com a discussão do sai do euro, fica no euro, começa o euro, joga o Postiga, falha o Ronaldo, chega a troika, sai a troika, sai a Grécia, entra o Varela, é golo, ganha a Alemanha, manda a Alemanha, manda o Passos, diz o Relvas, fecha a MAC, cai a Bolsa, cai a Espanha, caímos todos, tem caído também no esquecimento geral uma questão deveras importante:E o fim do mundo, pá?O dito evento não estava, segundo os Maias (os mexicanos, não os do Eça), marcado para 2012? Estava. Pois bem, a julgar pela ordem do dia parece que 2012 acabou e está tudo descansado, que desta já nos safámos. Nada disso. 2012 ainda nem chegou a meio. Não estaremos a cantar vitória (ou sobrevivência) antes do tempo?Os mexicanos, que talvez sintam a pressão da previsão mais do que ninguém, mostram que continuam precavidos. E bem precavidos, como se ilustra neste magnífico kit de sobrevivência "Just in Case ®", obra da agência de publicidade Menosunocerouno. Entre outras coisas, este autêntico cabaz de boas-vindas ao armagedão inclui, entre outras coisas, um chocolate Abuelita, devidamente partido em sete para durar mais tempo, um licor xtabentún de origem Maia, porque quando a altura chegar ninguém vai querer estar sóbrio, um litro de água, que devidamente racionada dá para dez dias e, claro, um bloco de notas, porque não vá que o fim do mundo não seja para todos e haja necessidade de recordar as memórias dos momentos difíceis. E pronto, por agora chega de palavreado que a catástrofe pode chegar a qualquer momento e passemos às imagens.
Há, na redacção da Time Out, quem tenha aprendido tudo o que sabe sobre a vida através da televisão. Este vídeo agrada a essa gente, ao juntar alguns dos melhores nacos de sabedoria que certos pais televisivos transmitiram aos seus filhos. De Tony Soprano a Michael Bluth, passando por Don Draper, Louis CK e Ned Stark, é uma óptima e ecléctica lista de pais. E alguns dos conselhos são bons. Não recomendamos que os siga todos, ou então ficará como (alguns) de nós.
O novo Martim Moniz está bonito. Limpinho, branco e arejado. Há-de ler (mais) coisas sobre ele em breve na revista. Mas podemos registar, contudo, no blog algumas observações fruto de uma rápida visita à hora de almoço.Primeiro, saudar o regresso às origens (ou quase), das chamuças mais apetecíveis da cidade. As do Ali, claro.[caption id="attachment_752" align="alignnone" width="500"] Sim, o Ali também vende coxas de frango e outros fritos menos orientais. Mas são as chamuças, em baixo, que lhe dão a fama. E nos dão o proveito.[/caption][caption id="attachment_753" align="alignnone" width="500"] Não, este não é o Ali. Mas é um dos seus fiéis ajudantes, peritos na arte de sorrir (embora aqui estivesse algo nervoso perante a objectiva do telemóvel) e servir chamuças.[/caption] Outra coisa importante no Martim Moniz é a forma como cada quiosque se comunica aos potenciais clientes. Há quem opte pela poesia, há quem seja mais agressivo.[caption id="attachment_754" align="alignnone" width="500"] Há quem goste das ervas, das histórias e culturas que brotam de cada semente plantada.[/caption][caption id="attachment_755" align="alignnone" width="500"] São os mesmos que gostam do sabor agridoce da vida porque os faz sentir, porque é natural. Naturalmente bom.[/caption][caption id="attachment_756" align="alignnone" width="500"] Já na Camorra vende-se pizza à fatia. A avaliar pelo nome a pizza pode não ser a única coisa que se fatia por ali. Mas esperemos que sim.[/caption]
Convém acrescentar que este filme foi um mega-sucesso em terras asiáticas. É um softcore a três dimensões rodado em Hong Kong, que conseguiu estrear em locais super-conservadores como Índia ou Singapura. Vários actores são estrelas porno, mas em Sexo & Zen 3D é tudo simulado. Neste outro trailer as cenas mais atrevidas estão tapadas com quadradinhos pretos foleiros (afinal, isto é YouTube), mas vale imenso a pena escutar a música sino-sensual.
É verdade que Sex & Zen 3D, que acaba de estrear, teve uma estrela na Time Out. Ou seja, é obviamente horrível. Mas como também está obviamente calor e há coisas obviamente horríveis que nas alturas certas são obviamente giras, nós obviamente tínhamos que colocar aqui este trailer.
Os Royal Headache não vão mudar a vida de ninguém, nem querem reinventar o que quer que seja. E, sim, já ouvimos isto mil vezes. Mas não é por isso que esta "Girls" deixa de ser uma canção do caraças, um pedaço de pop-punk garageiro, descomprometido, urgente e desavergonhadamente lo-fi. Um minuto e meio de barulhinho do bom que vale mais do que muito disco inteiro.
Como membros da raça humana, estamos todos cientes de que a Humanidade ainda não produziu um espécime melhor que Bill Murray. Não só ele é um dos tipos mais hilariantes de sempre, como também traz alegria à vida de pessoas que não estão à espera. Como quando apareceu sem ser convidado numa festa em Williamsburg, Brooklyn, ou como quando decidiu, do nada, servir copos durante o festival South by Southwest, em Austin, Texas. Este é mais um desses eventos: quando um jogo de basebol dos Charleston RiverDogs – uma equipa da qual ele é parcialmente dono – foi atrasado pela chuva, ele decidiu ir para o campo. E, como todos sabemos, Bill Murray > basebol (não é nada contra o desporto, é muito a favor de Bill Murray).
Dolph Lundgren, um dos maiores heróis de acção de sempre, é exemplo de vida para um número significativo de membros da redacção da Time Out e recentemente falou de como o sangue de violadores nórdicos o ajuda a manter-se bem conservado no Eric Andre Show. É um bizarro talk show a gozar, onde em cada episódio se tem sempre a sensação de que tudo de perigoso pode acontecer, e os convidados são uma mistura entre actores manhosos a fingirem que são pessoas famosas e pessoas semi-famosas em nome próprio (provavelmente sem saberem o que se está a passar, como parece ser o caso de Lundgren). O New York Times gosta. E nós também.
Por causa de uma Gata das Botas, a Time Out faz de Henrique Mendes e arma-se em Ponto de Encontro. Quer saber quem está à procura de quem? Está tudo na edição que sai já hoje para as bancas.
O TOL Canal transmite 24 horas por dia com vista privilegiada para a redacção da Time Out Lisboa. Tudo o que se passar deste lado passará por aqui. Prepare-se.